Compondo a programação do 68º Seminário do Grupo de Estudos Linguísticos do Estado de São Paulo (GEL), o Prof. Marcos Lopes (USP) e o Prof. Leonel de Alencar (UFC) coordenarão um Simpósio sobre Linguística Computacional, no dia 07/07/21 às 16:00.

Informações sobre inscrições e certificados podem ser encontradas no site do evento.​​​​​​​

Para assistir, basta acessar o link:  https://meet.google.com/bvv-tsrg-aig


O termo linguística computacional é alvo de múltiplas definições. Para muitos, é sinônimo de processamento de linguagem natural (Bird, Klein e Loper, 2009), enquanto outros estabelecem uma oposição entre os dois termos, por se referirem a subdisciplinas de áreas distintas, linguística e ciência da computação (Jurafsky e Martin, 2009).
Conforme Guinovart (1998), a linguística computacional constitui campo de investigação científica relacionado à inteligência artificial, à linguística teórica e às tecnologias da linguagem natural, comportando três vertentes: (i) informática aplicada à pesquisa linguística, (ii) implementação de teorias linguísticas e (iii) aplicações linguísticas da informática. A primeira vertente relaciona-se estreitamente com a linguística de corpus. A segunda, que seria a linguística computacional stricto sensu, objetiva a construção de modelos linguísticos implementáveis, a descrição de fenômenos linguísticos nos diferentes níveis de análise com base nesses modelos e a verificação automática da consistência interna e da validade empírica de um modelo ou descrição gramatical.
A essas três concepções, Lobin (2010) acrescenta mais duas: (iv) a linguística computacional como simulação de processos cognitivos e (v) como disciplina autônoma. Na concepção (iv), contemplada igualmente na lista de quatro concepções de Amtrup (2004), a linguística computacional relaciona-se à psicologia cognitiva e à inteligência artificial, uma vez que visa a reconstruir, no computador, aspectos do processamento da linguagem na mente humana. Na concepção (v), relaciona-se à lógica, à estatística e à matemática. Ainda segundo Lobin (2010), a autonomia da linguística computacional decorreria de ter desenvolvido métodos, teorias e modelos próprios e ter estabelecido uma comunidade científica suficientemente grande.


Admitindo sem exclusão essas diversas acepções, típicas de um campo do saber recente e em permanente construção, o presente simpósio convida a todos os pesquisadores interessados a submeter seus trabalhos nos diferentes segmentos de atuação relacionados à área, em que se incluem destacadamente os seguintes tópicos:

  • Fonética e fonologias computacionais
  • Análise morfológica automática
  • Etiquetagem morfossintática (POS-tagging)
  • Análise sintática automática rasa ou profunda (chunking, shallow syntactic
  • parsing e deep syntactic parsing)
  • Engenharia da gramática
  • Análise semântica automática
  • Sumarização de textos
  • Tradução automática
  • Análise de sentimentos
  • Recuperação de informação
  • Extração de informação
  • Mineração de dados de língua natural
  • Agentes conversacionais e sistemas de diálogo
  • Sistemas de perguntas e respostas
  • Compilação, anotação e processamento de corpus
  • Modelos de línguas naturais
  • Representação do conhecimento
  • Ontologias e linguagens de descrição formal
  • Teste de descrições e modelos gramaticais através de implementações
  • computacionais
  • Abordagens baseadas em regras para modelização de dados linguísticos
  • Aprendizado de máquina aplicado ao processamento linguístico 
Local
https://meet.google.com/bvv-tsrg-aig
Data de Início
Cartaz
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